Um Olhar Sobre o Estudo dos Seres Vivos na Revolução Científica dos Séculos XVI E XVII: Uma Contribuição para o Estudo da Construção do Pensamento Biológico
O artigo procura discutir alguns aspectos históricos (a revolução mercantilista) e filosóficos (o mecanicismo e o empirismo) na elaboração de problemas fundamentais no estudo dos seres vivos durante as revoluções científicas dos séculos XVI e XVII. Procura, assim, mostrar as mudanças que ocorreram na visão de mundo construída pela filosofia após a Idade Média, bem como as transformações dos métodos elaborados para a compreensão desta nova visão. Procura ainda apresentar o desenrolar das pesquisas em alguns dos temas de maior preocupação entre os estudiosos deste período no tocante ao estudo dos seres vivos. Tais temas são: o estudo das estruturas, funções, desenvolvimento e transmissão de caracteres entre pais e filhos.
Palavras-chave: História da biologia, Biologia e filosofia, Séculos XVI e XVI.
Antonio Fernandes Nascimento Júnior
Doutor em Ciências (USP-Ribeirão) e em Educação para a Ciência (UNESP-Bauru). Professor Adjunto do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras. Lavras- MG.
Daniele Cristina de Souza
Doutoranda em Educação para a Ciência, UNESP – Bauru-SP
Das Águas Míticas do Stygian: Reflexos da Personificação de Narciso Sobre a Sociedade Contemporânea
No percurso da história da humanidade, muitos estudiosos se ocuparam e se ocupam em dar ao mito seus verdadeiros significados e sentidos. O mito é uma narrativa simbólica que ajuda o homem a compreender sua origem e a origem do mundo. Por isso, há muito tempo, o mito passou a ser analisado como um arquétipo. Toma-se como norte desta pesquisa a importante obra Metamorfoses do poeta Públio Ovídio Naso que narra o mito de Narciso e sua relação com a Ninfa Eco. São fortes os reflexos da personificação do mito de Narciso sobre a sociedade contemporânea, caracterizada pelo seu individualismo hedonista e afastada dos valores do bem-comum. Tal artigo tem por objetivo elucidar a importância dos mitos, mostrar que estes ainda estão vivos e são importantes para o despertar consciente do homem contemporâneo, quanto à vida integral e ao seu mundo.
Palavras-chave: Individualismo, Mito, Mitologia, Narciso, Bem-comum.
Carlos Roberto da Silveira
Doutor em Filosofia pela PUC-SP. Professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre.
Meire Aparecida Sampaio
Especialista em Ensino de Filosofia pela Faculdade Católica de Pouso Alegre. Graduada em Letras pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (Lorena-SP).
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A Propósito de Algumas Falas do Mercador de Veneza
O presente texto objetiva discutir o rompimento das relações entre ética, cidadania e política, partindo de algumas passagens do Mercador de Veneza de William Shakespeare. Em seguida argumentamos conceitualmente sobre como isso se dá na Modernidade. A parte final do texto argumenta que em Rawls tal abismo pode ser superado.
Palavras-chave: Ética, Cidadania, Shakespeare, Rawls.
Julio Cesar Rodrigues Pereira
Doutor em Filosofia pela PUC-RS. Membro do Centro Brasileiro de Pesquisas em Democracia da PUC-RS.
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Realismo e Falsas Memórias
Os estudos experimentais atuais sobre falsas memórias se intensificaram muito nos últimos anos. O presente artigo se propõe a analisar as implicações epistemológicas desses estudos em função da crescente importância das descobertas produzidas na área. Um aspecto que tem passado desapercebido na investigação atual sobre falsas memórias está baseado em crenças epistemológicas realistas. Essas crenças levam a aceitar como verdadeiro que o controle experimental garante a posse do que realmente aconteceu e torna possível a realização de testes de distorção mnemônica. A questão central é que essas crenças realistas não são justificadas por nenhum tipo de critério epistemológico. Mais que isso, parece que essas crenças distorcem a próopria realidade, comprometendo inteiramente os resultados dos estudos sobre falsas memórias. Isso ocorre porque eles priorizam apenas a intencionalidade do investigador que é projetada sobre o controle experimental, descartando as interpretações divergentes ou complementares dos participantes. Uma mudança nos procedimentos experimentias se torna necessária para contornar essa dificuldade contida na presente linha de investigação.
Palavras-chave: falsas memórias; realismo; controle experimental; oscilação da realidade; intenciconalidade.
Ronie Alexsandro Teles da Silveira
Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É Professor Adjunto da Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).
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Violência e Terror
Neste artigo pretendo examinar o argumento formulado por Robespierre para rejeitar a atribuição de um caráter arbitrário às ações do governo revolucionário e justificar o uso da violência contra o supostos inimigos da revolução, bem como mostrar que a política do Terror não pode se desdobrar senão à margem da legalidade.
Palavras-chave: Educação popular – movimentos sociais – Paulo Freire.
Vander Schulz Nöthling
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
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O Presente de Fortuna
Este artigo se ampara na literatura filosófica especializada para abordar a questão da “pesquisa filosófica” que, no vasto universo da filosofia, segundo alguns, estaria premida entre áreas ditas “puras” e áreas consideradas “sujas”. Relata como, ao expor problemática relativa a esse assunto em uma mesa-redonda, o preconceito contra as tais áreas “sujas” se manifestou tal qual um presente do acaso, da fortuna ou da sorte para corroborar os argumentos expostos.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Pesquisa filosófica.
WWilson Correia
Licenciado em Filosofia (PUC-Goiás), com Especialização em Psicopedagogia (UFG), Mestrado (UFU) e Doutorado em Filosofia da Educação (UNICAMP). Líder do GPEFE – Grupo de Pesquisa e Extensão em Filosofia da Educação. Adjunto em Filosofia da Educação no Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
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Normalização e Bio-Poder na Obra de Michel Foucault
O texto discute as características fundamentais do bio-poder enquanto conjunto multifacetado de forças voltadas para o registro do biológico. Pretende-se chamar a atenção para a importância assumida pelo poder disciplinar na conformação do bio-poder destacando-se o feixe de relações estratégicas estabelecidas entre as políticas de regulação e a anátomo-política. Procura-se mostrar que a normalização dos saberes e práticas de governo constitui peça principal na investida do poder sobre a vida.
Palavras-chave: Michel Foucault, bio-poder, anátomo-política, normalização.
João Paulo Ayub da Fonseca1
Mestre em Sociologia pela UFMG e Doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp.
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O Filósofo da Pluralidade: Sócrates Sob a Óptica de Arendt
Para Arendt, a vida e o pensamento de Sócrates são exemplos que podem constituir em antídotos eficazes contra o fenômeno totalitário. Assim, a proposta deste artigo é apresentar a importância desse pensador para os assuntos políticos a partir das análises dessa autora como aparece, principalmente, em A promessa da política: filósofo político por excelência, alguém com uma clara compreensão da política fundada na pluralidade humana e exemplo da união entre filosofia e política.
Palavras-chave: Diálogo; Pluralidade; Pólis, Política.
José João Neves Barbosa Vicente
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor Assistente de filosofia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
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A Política do Reconhecimento em Hegel e Charles Taylor
Em A Política do reconhecimento, Charles Taylor problematiza a formação identitária na sociedade multicultural contemporânea a partir do que chamou de “reconhecimento errôneo”. Dialogando com pensadores “universalistas” e seus interlocutores, compreende infértil tal distinção se não atentada a vacuidade do reconhecimento identitário construído sob noções de subordinação formatadoras pelo direito público historicamente afinado a grupos sociais específicos, assim, avesso à diferença. Tal compreensão é conduzida mediante uma reconstrução histórico-filosófica da noção de reconhecimento, movimento apresentado como distinto aos referenciais da filosofia hegeliana. Contudo, a apreciação teórica da obra de Hegel, cujo enfrentar ao formalismo da filosofia kantiana incide às corporações profissionais na efetivação da “identidade entre a identidade e a não-identidade”, nos permite inquirir os pressupostos deste desacordo. Tais noções são desenvolvidas de modo a situar a gênese conceitual da noção de reconhecimento estabelecida por Taylor junto à tradição filosófica, estabelecendo umaporte conjuntural à sua compreensão.
Palavras-chave: Taylor, Hegel, reconhecimento, identidade, multiculturalismo.
Sergio Portella
Doutorando em Filosofia pelaUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e membro do NEHGL/UFRGS.
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A Epistemologia da Modalidade
Este artigo é uma introdução à epistemologia da modalidade. Na primeira parte, apresenta-se algumas distinções para a compreensão do problema. Em seguida, apresenta-se o pano de fundo histórico da discussão. Finalmente, menciona-se algumas das tentativas atuais de resposta ao problema.
Palavras-chave: Modalidade; epistemologia; necessidade e possibilidade.
Pedro Merlussi
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina.
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Conferência: Filosofia, Tecnologia e Responsabilidade
As relações e interações entre filosofia, tecnologia e responsabilidade são temas desta minha conferência. Eu pretendo pensar estas interações a partir do pensamento de Henrique Claúdio de Lima Vaz. Padre jesuíta, professor de filosofia e mestre de uma geração de filósofos, Lima Vaz ainda, pela força de seu pensamento, continua influenciando muitos de nós que queremos estudar filosofia no Brasil.
Elton Vitoriano Ribeiro
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma). Professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Conferência apresentada durante a VII Jornada de Filosofia, promovida pela Faculdade Católica de Pouso Alegre de 29/10 a 01/11/ 2012, com o tema geral Filosofia, ciência e tecnologia
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Conferência: Diálogo Entre Filosofia e Ciência: O Olhar do Educador
Não sou filósofo e nem cientista, sou um educador. Minha relação com a Ciência é pouco mais do que a de um interessado pelos seus temas, com uma tendência persistente de se tornar um dedicado estudioso deles. Isto porque lido numa instituição de educação tecnológica há trinta e cinco anos e, nela, apurei o gosto e o interesse pela Ciência e ocupei-me também de refletir sobre a Tecnologia, enquanto a admirava e a usava.
José Geraldo de Souza
Doutor em Educação pela UNICAMP. Professor do Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL). Conferência apresentada durante a VII Jornada de Filosofia, promovida pela Faculdade Católica de Pouso Alegre de 29/10 a 01/11/ 2012, com o tema geral Filosofia, ciência e tecnologia
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Tradução: Leibniz e a metafísica das diferenças qualitativas dos possíveis
18. 6º Objeta-se enfim que os homens não podem esperar a felicidade, se a vontade só puder ser movida pela representação do bem e do mal. Mas esta objeção parece-me nula, totalmente nula, e acredito que teria bastante trabalho para adivinhar qual cor se lhe pôde dar. Também, para este efeito se raciocina da maneira mais surpreendente do mundo: nossa felicidade depende das coisas externas, se é verdade que ela depende da representação do bem ou do mal. Ela não está, então, em nosso poder, dizem, pois nós não temos motivo algum para esperar que as coisas externas se ajustem para nos agradar.
Juliana Cecci Silva e William de Siqueira Piauí
Juliana Cecci Silva é mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Tradução na Universidade de Brasília, Postrad – UnB, e fez seu bacharelado em Letras-Francês pela Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). William de Siqueira Piauí é Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo, FFLCH – USP, e, atualmente, é professor da Universidade Federal de Sergipe, UFS.
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